quarta-feira, 13 de julho de 2011

Por que terminamos com a greve na EMATER-RN?


Após exaustivos dias de paralização nos quais amadurecemos o movimento e ao contrário do que normalmente acontece, as adesões tornaram-se significativas à medida que o tempo tentava exaurir as forças dos companheiros que aderiram desde o início do movimento. Estava acontecendo uma constante renovação das forças e a presença dos servidores em seus locais de trabalho discutindo a situação, as conquistas, os avanços das negociações, as paródias, tudo isso fortaleceu os militantes o que culminou na grande manifestação em frente à Governadoria no último dia 06/07.

Enfim, o governo se pronunciou e para mostrar a nossa boa vontade em por fim ao desgaste e voltarmos às nossas atividades, as quais são fundamentais para o desenvolvimento do campo, para o apoio significativo à agricultura familiar entre outras de nossas inúmeras nuanças exigidas ao extensionista, nós aprovamos em assembleia com apenas um voto contra a proposta do governo. Isto prova que não somos intransigentes e que estamos conscientes sobre os fins e objetivos da greve.

Não fizemos oposição ou desafios ao governo, apenas tentamos e conseguimos mostrar, através do movimento legítimo de luta da classe trabalhadora, as nossas necessidades, conquistas e validação de alguns dos nossos direitos usurpados durante a trajetória do serviço público no RN ao longo das últimas décadas. Torna-se relevante observar que estamos cumprindo a nossa parte, voltamos ao trabalho conscientes dos deveres cívico e cidadão cumpridos. Não teremos vergonha ao olhar para nossos filhos, nossas famílias, amigos e para a história que estamos escrevendo para as gerações futuras.

Cabe, entretanto ao governo honrar o acordo. Cabe também ao governo estar mais atento às reivindicações referentes aos direitos dos trabalhadores. É mister que haja sempre uma mesa de negociação que escute, que argumente em diálogo aberto e honesto, diante das proposições e situações que ficaram em aberto. Desta maneira estaremos evoluindo (cidadãos e governo) em busca de uma política transparente e justa, digna do terceiro milênio e que isenta os beneficiários diretos das consequências que as paralizações provocam.

Diálogo amplo e irrestrito para a construção de um governo cidadão!

Texto: João Alves de MOURA

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